terça-feira, outubro 14, 2003

O TRABALHO (III)

Podemos, ao invés, interrogar-nos sobre o que faríamos se ficássemos “libertos” (todos) de ter uma actividade profissional.

Seria errado pensar que talvez apenas uma relativamente pequena parte da população utilizaria esse “novo tempo livre” para se instruir, para aprender, para inovar, inventar um “novo mundo”; e que, uma parte relevante da população mundial não faria nada mais que “preguiçar” indefinidamente (optando pela via da “facilidade” e, consequentemente, da “mediocridade”)?

Será legítima a interrogação se a "sociedade", pelos constrangimentos que determina – impondo ao homem uma espécie de trabalho “compulsivo” – terá acabado por “fazer a agulha”, orientando-nos de forma a contornar a que seria eventualmente a tendência “natural” do género humano?

[387]

Sem comentários: