terça-feira, setembro 23, 2003

FUTUROS MEMBROS DA UNIÃO EUROPEIA - ESLOVÉNIA (II)

Em 1867 o imperador Francisco José concedeu autonomia à Hungria, e o Império passou a ser chamado de Austro-Húngaro. Com a ocupação da Bósnia em 1878 e a sua anexação em 1908, cresceram as esperanças Eslavas na instituição de uma monarquia tripartida (Austríacos-Húngaros-Eslavos), o que não veio contudo a acontecer.



A Eslovénia viria a sofrer bastante com a primeira Guerra mundial, sobretudo a partir do ataque da Itália a Áustria em 1915. Como uma grande parte da fronteira entre o Império Austro-Húngaro e a Itália se situava na parte Eslovena, foi nesse local que, durante dois anos, se travaram as mais terríveis batalhas entre Italianos e Austro-Húngaros.



Com o termo do conflito, em 1918, assiste-se então à queda do Império Austro-Húngaro e à formação de vários países no espaço que era dominado pelos Habsburgos, como a Hungria, Polónia e Checoslováquia. Também os pan-Eslavistas conseguiram finalmente unir todos os Eslavos do Sul num Estado único e soberano, o “Reino dos Sérvios, Croatas e Eslovenos”, que incluía ainda a Bósnia-Herzegovina, a Macedónia, o Montenegro e as províncias de Vojvodina e Kosovo – integrava seis nações (Sérvios, Croatas, Eslovenos, Macedónios, Montenegrinos e Muçulmanos), três religiões (católicos, ortodoxos e muçulmanos), três línguas (Esloveno, Macedónio e Servo-croata) e até dois alfabetos (cirílico e latino). A relação entre os diversos povos nunca foi totalmente pacífica, tendo os Sérvios imposto o centralismo.



Em 1929, o reino passou a chamar-se Jugoslávia (“terra dos Eslavos do Sul”), realçando a característica comum, na procura de unificação do povo.



Com a Segunda Guerra Mundial, o território da Jugoslávia foi dividido entre os invasores alemães e italianos, cabendo ainda uma parte à Bulgária e à Hungria.



Na Croácia, os Ustachi (que tinham ideologia de extrema-direita), receberam o apoio dos seus aliados Alemães e Italianos e proclamaram a independência. Nos outros países da Jugoslávia, o movimento de resistência à ocupação de maior predomínio foi o liderado por Jozip Broz (que mais tarde passaria a ser conhecido pelo apelido "Tito") – inicialmente com o apoio da URSS, tendo recebido posteriormente também o apoio do Reino Unido e dos EUA.

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