LANCE ARMSTRONG
Ao conseguir hoje a sua 5ª vitória consecutiva (de 1999 a 2003), aos 31 anos, o texano Lance Armstrong entra na “lenda” do “Tour de France”, como um dos melhores ciclistas do mundo de todos os tempos (igualando Miguel Indurain, penta-vencedor, entre 1991 e 1995 e superando Jacques Ancquetil, Eddy Merckx e Bernard Hinault, também com 5 vitórias, embora não em anos consecutivos).
Como descreve na sua autobiografia “Every Second Counts”, tendo sobrevivido a um cancro testicular, que alastrou aos pulmões e ao cérebro (em 1995, tendo passado por duas operações ao cérebro e tratamentos de quimioterapia), a doença acabou por ser a melhor coisa que lhe aconteceu, na medida em que o fez alterar radicalmente a sua vida: “Antes do diagnóstico, eu era um profissional displicente, que recebia um avultado salário por um trabalho que não desenvolvia a 100%; quando contraí a doença, disse-me a mim próprio: se tiver uma nova oportunidade, vou fazer o meu melhor, vou dar o máximo para me conseguir superar sempre”.
Considera que a doença lhe provocou, por um lado, alterações morfológicas, tendo-lhe o processo de emagrecimento por que passou proporcionado as condições para se tornar num dos melhores “trepadores” (provas de montanha) do mundo e, por outro lado, tornado um homem fortalecido psicologicamente, capaz de enfrentar qualquer desafio ou concorrente.
Armstrong criou entretanto uma Fundação que angariou já 23 milhões de dólares tendo por objectivo o combate à doença e, no plano desportivo, tem agora por ambição superar (pelo menos em resultados) todos os seus predecessores, históricos campeões do “Tour”.
Apesar de o 2º classificado ser o “principal derrotado” (e, na maior parte dos casos, “caia no esquecimento”), uma palavra de apreço para o desempenho desse (também) grande campeão que é Jan Ullrich (campeão olímpico e campeão mundial de “contra-relógio”) que, nas suas 6 participações, foi vencedor em 1997 e 2º classificado já por 5 vezes! (em 1996, 1998, 2000, 2001 e 2003), tendo tido o mérito de ter tornado esta a mais difícil de todas as vitórias de Lance Armstrong (uma diferença de apenas “une toute petite minute”, ao fim de mais de 3 000 km…).
Para saber (quase) tudo sobre esta grande “epopeia” de 100 anos de “TOUR DE FRANCE”, vá aqui.
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