terça-feira, julho 08, 2003

CARLOS:

Há certas coisas que fazem parte da "intimidade" pessoal de cada um e não são para divulgar ao mundo… Constituem uma zona de reserva intransponível. Portanto, não entrarei em grandes detalhes.

O Carlos foi uma das primeiras pessoas com quem me cruzei no primeiro dia de aulas na faculdade (já lá vão quase 20 anos …). Depois, ao longo dos 5 anos do curso, a sua simplicidade e espírito de entreajuda fizeram dele um amigo "sempre às ordens"; no final de cada "sessão nocturna" (de trabalho, ou de diversão), era sempre o Carlos (que, então, era um dos poucos que tinha disponível para utilização um carro … do pai) que, madrugada dentro, fazia a "distribuição porta-a-porta".

Concluído o curso, o Carlos foi o primeiro da turma a casar; teve filhos; gostava do que fazia; manteve a ligação à faculdade: de aluno passou a professor; nos anos imediatos, era o elo de ligação que "fazia a ponte" entre todos nós.

Com o decurso dos anos, as ocupações "sempre muito absorventes", tornando o tempo disponível um bem muito escasso, provocaram algum afastamento (no essencial, passámos a encontrar-nos nos jantares de aniversário de um ou outro colega, de tempos a tempos).

A notícia, como sempre, surgiu de uma forma brutal: hoje, sem explicação conhecida, o Carlos cansou-se de viver…

E deixa-nos sem palavras …

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