BALANÇO:
Uma semana (e cerca de 200 visitas a esta página) depois (bem sei que são números modestos, comparativamente aos dos "profissionais" – de qualquer forma, agradeço a paciência que têm tido os que me lêem), será altura para um primeiro breve balanço desta aventura "bloguista".
Tenho procurado respeitar o objectivo que a mim próprio pré-defini no primeiro dia: acima de tudo e, essencialmente, divulgar as "coisas boas", abordar os assuntos pela positiva, sem esquecer, quando tal me pareça relevante, comentar os temas em destaque em cada dia.
Continuo a reforçar a ideia de que este é um "admirável mundo novo", que nos permite comunicar com o mundo (passe o pleonasmo); é claramente um sinal dos tempos: a comunicação do século XXI – "instantânea", concerteza efémera, mas, simultaneamente, perene (aqui poderíamos ter uma dialéctica interessante …), no sentido em que perdura em arquivo (será porventura interessante reler, daqui a alguns tempos, os blogues agora escritos …).
A propósito dos "mixed feelings" proporcionados por esta apaixonante "ferramenta", remeto para um excelente texto (de 29 de Junho) de Pacheco Pereira no Abrupto: "BLOGUES COMO ANOTAÇÕES DO MYLIFEBITS"; depois, nos dias imediatamente seguintes, o tema tem voltado a ser debatido, nomeadamente na vertente da ligação directa e, sobretudo, imediata, entre "autor" e "leitor".
Obviamente, embora me reveja em bastantes aspectos nele referidos, não compartilho da sensação de "malaise" descrita no também brilhante texto do Guerra e Pas:
"Este blog começou há um mês e duvido que dure outro. O socioblogue um dos melhores, mais esclarecidos, lúcidos e gentis media que já vi em Portugal, tem aqui muito pano para fazer as mangas que quiser. Mais do que tudo, não será um blog, caro sócio, uma manifestação essencialmente efémera? Uma paixão de Verão? Um brinquedo que se recebeu no Natal? Começamos entusiasmados, conseguimos atrair atenções o que nos reforça a estamina, amadurecemos e não começamos imediatamente a murchar? Estando ganho o microdesafio, que mais resta?
Há quanto tempo o Gato Fedorento não tem um post interessante? Há quanto tempo não surge um blog daqueles que é falado por todos? Digam-me um blog que não prometa muito e depois não conseguia deliver.
Bem sei que falo de dias, mas a imediatez dos Posts faz dos dias séculos. Julgo que aquilo a que chamarei a malaise dos blogs tem muito a ver connosco. Comigo tem certamente. Somos talentosos e imaginativos, surpreendentemente cultos e argutos, observadores e críticos, mas falta-nos uma certa maturidade e muita persistência.
O meu episódio favorito do Seinfeld é aquele que o George descobre que tem tudo a ganhar em abandonar o sítio onde está, depois de uma tirada de génio, mesmo que tenha chegado há meia-hora. A sua ideia, e os factos dão-lhe razão, é que a última impressão é a mais forte, e então ele faz com que a impressão mais forte seja a última.
Os blogs são voluntários, podem acabar quando queremos. Devemos resistir?"
É verdade que "isto” é tão viciante como um "brinquedo novo" nos primeiros dias de uso. Porém, na minha opinião, valerá sempre a pena prosseguir; não obstante a sensação de alguma angústia de poder não ter a capacidade de encontrar, no dia-a-dia, aspectos positivos relevantes para debater (já que o que "é notícia" é, cada vez mais, o negativo; é "o homem que mordeu o cão" e, obviamente, não o contrário …).
Também inserido na tal perspectiva de divulgação, esta página passou a dispor – desde ontem – dos primeiros links para blogues que considero mais interessantes; a minha sugestão é a de que "ganhem" 15 minutos por dia (pelo menos) de leituras que não deixarão de ser enriquecedoras.
P. S. Entretanto, parece que o "Guerra e Pas" terá reconsiderado já (após um construtivo "diálogo bloguista" com Pacheco Pereira) e promete continuar. Acho que só teremos a ganhar todos!
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