quarta-feira, julho 30, 2003

1º MÊS (Parte II)

Voltando aos números, funciona um pouco o “materialismo do contador”, qual “Tio Patinhas” (“quanto mais visitantes temos, mais queremos ter...”); a fasquia vai sendo sempre elevada; o que provoca alguma “ansiedade” prospectiva: sendo agora o “objectivo imediato” o alcançar do “número mágico” de 1 000 visitantes, o que se seguirá? A “insatisfação” permanente?

É uma sensação de constante insaciabilidade… talvez possam responder aqueles que têm o privilégio (evidentemente merecido / conquistado) de ser mais visitados: depois de ultrapassar (por exemplo) os 5 000 visitantes, não “fixaram” eles um objectivo imediato seguinte? (Há dias, Pacheco Pereira, no Abrupto, escrevia sobre a sua “impaciente” espera pelo alcançar dos 100 000 visitantes… E a seguir? Satisfeita essa meta, qual o desafio seguinte? E com cada “novo alvo” a ser colocado, naturalmente, mais distante… nos 200 000?).

Ou seja, a verdade é que “size matters”, “mesmo”! (Quem estiver imune a esta “febre” de procurar saber quantos visitantes tem, da necessidade de “feedback”, que “atire a primeira pedra”…) - o Aviz, pelo seu prestigiado estatuto, “não conta” para este efeito...

Mas há também o “reverso da medalha”: à medida que o número de visitantes vai aumentando (e que vamos sendo referenciados), são acrescidas proporcionalmente as “responsabilidades” do autor; há que procurar constantemente “elevar o nível”, “descobrir” temas interessantes (tão difícil, se pensarmos que, muitos dos assuntos que são interessantes para nós, não têm qualquer interesse para o leitor…) – e ter a capacidade de os tratar de uma forma atractiva – ser capaz, no fundo, de “manter acesa a chama” (procurar manter os visitantes minimamente “entusiasmados”); no limite, ter uma “linha de orientação coerente”.

Porque, embora, em primeira análise, escrevamos para nós próprios, a partir do momento em que sabemos que temos "leitores" que seguem o que vamos escrevendo, não podemos obviamente deixar de levar também isso em consideração...

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